quinta-feira, 31 de março de 2011

Te evito.

Eu preciso me desapegar das coisas com a mesma facilidade que eu me apego, preciso urgentemente transformar em odeio todo essa amor que tem dentro de mim, preciso acordar do pesado de não te ter.
Evito falar pra fingir que passou, evito olhar pra não explodir de amor, evito você pra não correr atrás de novo e chorar de novo e ser fraca de novo. E te evito pra não ter que me evitar depois. Evito qualquer contato pra não morrer de ciúmes, pra não sentir saudades, pra não voltar correndo essa estrada toda que consegui caminhar sem você.
Te evito pessoalmente, virtualmente, imaginavelmente e de todas outras formas possíveis que você insisti em aparecer e me iludir de novo. Te evito pra não me iludir de novo.
O sol me acorda contando um dos nossos segredos que só os astros sabem. Eu levanto sorrindo com isso. Corro pro espelho, uma cara amassada de sonhos, um pouco descabelada mas com um sorriso idiota no rosto. Depois do sonho, um sorriso bobo.
A vida brinca comigo, me faz tropeçar em algumas pedras e chorar algumas vezes.Coloca você por todos os cantos conversando com todas as pessoas e nem me nota, nem me olha, nem fingi que olha, nem nada.
Esqueceu mesmo? Você não acorda lembrando da gente? E o sol não te conta os nossos segredos?
Antes de te mandar alguma coisa, antes que te peça pra você voltar, antes que te ligue pra te lembra que eu ainda existo, antes de fazer qualquer besteira é melhor eu ir me deitar. Antes que a lua me conte as nossas risadas e eu acabe chorando antes de dormir.

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