sexta-feira, 30 de julho de 2010

Nada por acaso.




Ele nunca foi meu e nem sequer me olho com outros olhos, ele nunca me disse palavras de amor e nem fez juras eterna, mais me fazia bem. Ele era assim com todas.Ele sentia amor por cada uma que passava na rua, por cada uma que fingi sentir algo por ele.
Mas continuava insistindo que ele nunca olho pra outra garota do jeito que ele olhava pra mim, talvez sabendo que as outras pra quem ele olhava não sabiam se quer seu nome de verdade mas não importava, ele me olhava diferente e ponto.
Sem mais. Ele ficou ali o tempo todo. Fazendo graça, dançando, deitando no sofá da casa de estranhos. Do jeito mais vergonhoso ao mais engraçado e inocente ele estava ali o tempo todo.Não saiu do meu lado um minuto se quer. Calado, sem graça, cantando, rindo, às vezes nem falando comigo, às vezes nem olhando pra mim. Mais não saia dali.
Com as mesmas piadas sem-graça de sempre e o mesmo sorriso de menino que vai apronta. Não pedi,não questionei, nem ao menos conversei com ele. Nada. Parecia sobra, parecia a minha sobra. Era só eu olha pra trás que ali estava ele. Muitas das vezes rindo, e questionando que não enxergar muito bem de longe. Entrava na sala ele deitado no sofá. Saia do banheiro ele na porta. Ia pra cozinha ele roubando comida da geladeira. Sempre ali, não saia de perto por nada. E eu também não queria que sai-se.
Era divertido ter sempre um palhaço por perto, quando não me alegrava com sua inocência me fazia rir com suas idiotices e sabia falar serio às vezes, como se às vezes já não me basta-se.
Não tive medo de perdê-lo em nenhum momento, ele não era meu só estava ali por livre e espontânea vontade. Talvez tenha sido a minha vontade que trouxe ele mais perto. Mas isso era o que menos importava. Não importava de quem era à vontade. Ele não saia dali.
Estamos em cidades diferentes, sentindo coisas diferentes, conversando com pessoas totalmente diferentes. Mas por incrível que parece, não sei se por minha vontade ou pela vontade dele, sem saber quem é o dono da vontade dessa vez ele continua por perto. Orkut, MSN, Twitter e todas as formas de comunicação virtual, ele não me deixa por nada.
Eu to começando a gostar disso.
Talvez seja mais, bem mais do que um simples acaso.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Sem volta.



Sentir aquele friozinho na barriga que dá toda vez que algo novo acontece. A sensação de ta voltando pra casa, o cheiro de novidade, saudade, família.
Entrando no meu mundo de verdade, é claro que como qualquer outra pessoa eu senti falta da minha casa, dos meus amigos, das pessoas que faziam e fazem ainda parte da minha vida aqui, mais pra mim era tão bom estar lá que confesso que a saudade não me incomodava muito. A sensação de paz que eu encontrava ali, a sensação de “lar doce lar” que aquele lugar me trazia, não tinha como e nem outro sentimento a não ser esse de vida nova, casa nova.
Os dias passaram correndo, eu vivi momentos maravilhosos e inexplicáveis, conhecia pessoas que já fazem parte de mim de alguma forma. Não queria volta.
Tudo combinado, sábado a noite sem muito o que fazer, então onde iremos? Shoppings, boliche, sinuca, cinema...? Não. Era a minha ultima noite ali, eu queria aproveitá-la da forma mais caseira possível, deita no sofá, assistir qualquer programinha ruim que passe sábado à noite e rir das coisas estranhas que aconteceu durante a semana.
Foi assim meu ultimo dia, rindo dos outros, contando piada, assistindo TV e chorando, foi o que agente fez depois que percebemos que demoraria um pouco pra volta.
Entrei no carro já bem cedo quase antes do sol sair, as lagrimas desciam pelo meu rosto ao deixar pra trás cada pessoa, cada sorriso, cada abraço... Lagrima. Meu coração parecia querer explodir, a vontade de pular do carro e implorar pra que não me tira-se dali era grande. Eu finalmente tinha encontrado o meu lugar, onde eu me sentir bem e livre de verdade, aquele era meu mundo, eu lutava com eles, viva com eles, tinha os mesmo sonhos e planos que eles. Eu não deveria ir embora.Eu tinha que ter ficado.
Passei a viajem de volta tentando entender o porquê de voltar, o porquê de não poder ficar. Se for para pra pensar até que foi bom voltar mais preferia ter ficado lá. Que não é tão perto daqui mais é meu porto de paz, o refugio que eu encontrei pros meus sonhos.

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sexta-feira, 16 de julho de 2010

Tudo pronto.




Malas prontas, coração na boca, uma dor de estômago terrível daquelas que fazia tempo que eu não tinha. Ligo pra uma amiga pra tenta me acalma mais nada, ela fala da semana, pergunta o que eu vou fazer de noite e desliga, não ajudo muito. Ligo pra uma das garotas que vai comigo e ela me fala que não ta a fim de ir e acha que vai ser uma perda de tempo sai de casa com esse frio, pega estrada com essa chuva, mais ela vai, ah se vai. Acabou me deixando mais nervosa do eu já tava,será mesmo que não vai da certo? Pensando bem ta mesmo muito frio pra sair de casa e essa chuva em?-Para Ana Paula, vai dar certo eu sei que vai. - Ultima tentativa, pensei em liga pro cara que sempre me animo, mas ele tava ocupado com a namorada. Então penso em todas as minhas amigas que eu poderia ligar e todas estão ocupadas demais cuidado de homem, e eu me pergunto – Porque mesmo eu não tenho um homem pra cuida de mim?- Ah lembrei fica solteira é mais legal, a sensação de liberdade é maior.
Mais eu ainda tinha um amigo que namorava mais ela não ligava muito pra ele, no desespero vai com ser ele mesmo. Ele atende e fica surpreso, agente mal se fala mais tudo. Conto pra ele como foi meu dia, falo de como eu to feliz e cheia de expectativas, ele rir e me ouve, faz algumas piadas com a minha cara, fala milhões de vezes que vai dar tudo certo, foi difícil pra me convencer, fala que cada dia que passa eu fico mais bonita e que eu tenho uma importância enorme pra ele, que se se precisa ele estaria sempre ali. Desligo. To mais calma. E com uma dor de barriga imensa também. Foi melhor do que eu pensava.
Falta algumas horas mas eu to calma. Não sei se vai dar certo mesmo, sei que vai dar alguma em alguma coisa, e independente do resultado eu to feliz. Na verdade não muito, mas agente vai levando.

sábado, 10 de julho de 2010

Um mundo sem ninguém.




Estava querendo passa um tempo fora, mas dessa vez não por medo, tristeza ou fuga.Simplesmente por aventura. Eu gosto de ouvir e sentir e falar coisas que os meus amigos gostam e gosto também de saber o que eles pensam sobre o que eu faço e como eu faço.Gosto da opinião deles e de como eles me tratam, mais eu preciso de mais, eu quero mais.
Quero saber o que as pessoas La fora vão achar e querer saber. Quero conhecer pessoas que não fazem a menor idéia de quem eu sou e até onde cheguei. É deles que eu quero saber opiniões, conceitos e idéias.
Quero conhecer pessoas que conseguiram voar e outras que não sabem como sair do chão.Pessoas que sabem aonde querem chegar e pessoas que não sabem nem onde estão.Preciso conhecer o outro lado do mundo, preciso conhecer o meu outro lado.
O tempo aqui ta curto, e eu não quero desperdiçá-lo olhando pro lado e ouvindo noticias. Quero fazer mais e viver mais.Quero tudo aquilo que ninguém quer, abraça quem ninguém sabe que existe, chora com quem chora escondido e sorrir com quem nem sabe o que é isso. Viver de outra forma é deixa ser transformado.Não se deixar ser levado. Quero o que é errado, quero erra o que o mundo diz que é certo e acertar sempre, sempre que for preciso. Um mundo que não é meu e nem de ninguém, um mundo vazio e sem luz. Um mundo de pessoas que não existem e lá onde eu quero ir, onde pessoas precisam.
Não é fuga é realidade. Não é medo da tristeza é simplesmente ter coragem pra enfrenta um mundo diferente. É ver onde a simplicidade se encaixa. É ver quem mais se encaixa no vazio que o mundo se esconde.Mostrar para as pessoas que pessoas ainda existem e que o amor, o amor de verdade também.Sem trocas, bobagem sem o que você acha que é preciso. O amor puro e simples. Puro como a água de um riacho que ilumina a natureza com a sua beleza, simples como um abraço de urso, que alem de ser bem apertando faz de um dois , faz do nada um tudo. Sem precisar entender ou questionar. Sem amor, sem esse amor que me consome, sem ele a vida não tem graça. Não perca tempo o mundo grita por você. O mundo grita, a natureza geme, as pessoas clamam por mais e mais amor.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Brilho nos olhos.




Ela sonhava em ser escritora, tinha o sonho de voar e ver um mundo melhor. Fazia-me rir. Eu admirava ela como nunca admirei ninguém.Pessoas vivem errando e acertando o tempo todo.Pessoas são imperfeitas e até incapazes de demonstrar amor.Mas ela por outro lado tinha a inocência de uma criança, um sorriso sincero que contagiava todo mundo que passava por perto, ela amava.Uma amor diferente.Um amor de verdade.
Ela chorava quando tinha medo, me abraçava quando sentia saudades e tinha mania de registrar tudo e no final ela sempre fazia um vídeo, pra mostrar como as pessoas deveriam ser felizes e como elas deveriam aproveitar a vida.
Eu não acredito muito que pessoas mudem assim, mas ela mudo.As palavras de amor foram substituídas por palavrões, e os abraços e sorrisos por festinhas e menininhos. Ela ignorava tudo e não amava mais ninguém. Ela agora vive pra dança, beija e bebe.
Perto dos amigos ela era forte e sempre sorria, longe ela chora como nunca. Ela não olhava mais nos meus olhos e eu não via mais aquilo que me admirava nela.
Ela mudo pra se mostrar mais forte, paro de sorrir pra ser mostrar feliz, viro comum pra tentar ser diferente.Perdeu o brilho pra nunca deixa de brilhar.